Julho de 2019

“E na segunda-feira foi noite de autógrafos desses dois livros maravilhosos e, na correria, nem tive tempo de falar sobre eles”.

Ambos são inspirados na minha filha. O livro “A Menina de Rodinha Vai para a Escola”, escrito por Andreliana Lopes, fala um pouco da vida escolar. Já ouvi do diretor que a escola não estava preparada para recebê-la. Ouvi de uma funcionária da prefeitura que as mães querem se ver “livres” dos filhos e querem colocá-los na escola, e que essa criança não tem condições de ir para a escola. Mas ela foi, e foi muito bem recebida.

Já o livro A Menina Invisível, escrito por Dilma Costa, fala um pouco da nossa realidade (pelo menos é assim que me sinto muitas vezes): que minha filha é invisível. O que é visível é a deficiência dela. Quantas vezes fui abordada por alguém que, sem ao menos perguntar o nome da minha filha, me enche de perguntas: querem saber o que ela tem, se é de nascesse, se vai andar, se vai falar, e mais um monte de perguntas. Mas não pergunta o nome dela, não brinca, não conversa com ela. Quantas vezes, pego minha filha rindo das pessoas que conversam perto dela, sem notar que ela está ali pertinho, querendo participar da conversa.

Esses dois livros são ideais para serem lidos na sala de aula, na salinha da igreja para as crianças, para as mães lerem para os filhos, sobrinhos, e para apresentar aquela mãe que tem medo de levar o filho com necessidades especiais para a escola.

Se uma escola não faz nada para incluir todos, ela é boa para o seu filho?

E, pais, nossos filhos não atrapalham o desenvolvimento do seu. Pelo contrário, seu filho aprenderá muito com o meu.

Não preciso que eu diga que sou especial porque Deus me escolheu. Não preciso que me digam que Deus não dá uma cruz maior do que eu possa carregar.

Só preciso que não ignore minha filha, que a respeitem que a tratem com carinho e amor.

Andreliana Lopes e Dilma Costa admiro muito vocês e obrigada pelo trabalho que fizeram com a Gabi e com as crianças. “Desejo muito sucesso sempre.”